Me faça viver...
Jogado entre os meus restos
Do que sobrou de minhas fraquezas
Os meus sonhos tornados pesadelos
Perdido por meus desesperos
Preso nesta prisão de medo
Trancado em minha solidão
Nas grades destas dores que machucam
Abrindo feridas na minha liberdade
Nesta rua sem saída
Por fim em minhas angustias
Sangra e jorra tristezas
Nesta morte que insiste em ficar distante
Sem força de me levantar
Reluto com meu luto
Deixando maior esta hemorragia
Aos poucos me levarem a loucura
Conhecer meu singular de monotonia
Em que se perdeu toda fantasia
Na nostalgia de perceber na tua presença
Conseguir por alguns minutos o coração bater
Num querer tão profundo teu dia
Para assim poder continuar a viver