A DOR DE AMOR DE UM POETA
perdi meu coração de poeta
mostrei ao mundo a força do amor
todos viram meu pranto
e todo o meu sentimento
e toda a minha dor
retratei na dissimulada tela
a pintura férvida da paixão
e escrevi a arte profana do desejo
e jamais acreditei que o amor
poderia tão mal me fazer
perdi a essência etérea de poeta
calei-me diante da imagem divina
das minhas emoções
provando o fel suave da ilusão
em olhar para ela e de joelhos
suplicar-te a volta ao meu coração
retornei ao ser desumano de antes
entregue a escuridão e ao destemor
sem sonhos preciosos de menino
sem os desejos arquejantes de homem
nem as fantasias afloradas de poeta;
serei um alguém em busca do amor.