DIUTURNO
Todos os dias
Dessedenta-me,
Quando não me mata
De tanto esperar
Por um tímido
Agrado seu;
Quer seja ou
Quer não seja
Seu feitio fazê-lo...
À noite, o ofendo
E lhe deixo
Caído o queixo,
Com minha coragem,
Apenas imagem
Que idealizo
De mim.
À noite, me pego,
Assumindo posturas,
Outorgando-me direitos,
De moça ofendida
E reservo-lhe o ônus
De permanecer calado,
Até que me prove
O que existe
Em contrário.