Um amor sem jeito...

Agora ela surgia envolta em mistério,
e queria que minha boca fosse sua,
só para que eu sentisse aqueles beijos

que um dia foram feitos de muita paixão,
mas que agora, diante de mim, surpreso,
ela queria de novo provar todas as delícias,

que é se amar como dois lindos pombinhos,
e poder inspirar esse nosso acasalamento, 
porque há momentos em que tudo queima.

Foi então que ela me puxou para seu corpo,
antes mesmo que eu tivesse essa intenção,
pois hoje ela não se continha em sua paixão.

E o que mais mesmo queria era ter a mim
para ir com suas mãos buscar o seu prazer,
porque sabia que no frio é que não ficaria.

Assim...neste outono ainda meio indeciso,
ela me olhava com os olhos postos nos meus
para que percebesse que ainda era estrela,

cujo brilho não se apagara como num ocaso,
mas reverberava agora brilhante e quente,
num desejo que ainda nem  tinha percebido,

de tão evidente que ia agora se mostrando
coleante...subindo e descendo seus encantos,
num jogo quase pueril de estrelas versus  lua.

E então neste cair de noite ela se ajeitou em mim
Como se eu fosse num mar calmo sua conchinha,
e dando-me a mão me disse num só trejeito:

Vem seu bobo...não vê que eu ainda sou tua ?
E eu olhando-a em seus belos olhos escuros,
só pude mesmo dizer em poucas palavras:

Sabe? Você não tem mesmo jeito...te adoro.



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Autor: Cássio Seagull 
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Poesia que fiz em 14-04-10 às 21 horas em SP
Lua nova – sol fraco – 23 graus
Beijos e abraços para você...Boa quinta.. .
Cseagull2@hotmail.com
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