Combatentes da Paixão

Os morais,

Juntamente com os imorais,

Não nos entendem mais,

São apenas vulgares mortais.

Sufocado em minha aflição

Eu também não te entendo.

Nem a mim mesmo, insensato que sou,

Meu amor, eu entendo.

Prá te entender.

Prá nos entender.

Prá este complexo dilema resolver.

Busco e encontro outra elaboração.

Na língua dos homens, procurei; não há tradução.

Dentro de mim, rebelde, fazendo sua própria equação,

Lutando, desesperado, a guerra justa da paixão,

Imune ao crocitar dos corvos morais,

Ignorando os abutres imorais

Amando-te, se é possível – este louco - ainda muito mais,

Bate descompassado, assustado...

... meu coração.

Não há como alguém (ou nós mesmos) querer ditar os rumos que deve tomar um coração. Como ave de arribação ele sempre vai encontrar o caminho de casa. Inexoravelmente, a despeito de todas as dificuldades do caminho, sempre voltará para seu ninho.

Vale do Paraíba, manhã da segunda Quinta-Feira de março de 2009

João Bosco

Aprendiz de Poeta
Enviado por Aprendiz de Poeta em 14/04/2010
Código do texto: T2197100
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