Gaivota
Sob o sol intenso,
Vem se anunciar o Verão,
Azul anil,
Você a me olhar.
As tardes tendem a chover,
Gotas percorrem nossa face,
Lavando nossa alma,
Abençoando nosso amor,
Beijo-te, beijo-te, beijo-te...
Os fins de tardes são melancólicos
Se a vida pudesse controlar,
Optaria pelo eterno entardecer,
Pois a noite é fria,
Assim como o inverno que se anuncia.
Começo a temer,
O verão está por ir,
Olho para você,
O medo sinto esvair,
Nada me amedrontará
Se em suas mãos tocar.
Pobre de mim,
Não sabia de sua graça,
És Gaivota de contemplação,
Bela, graciosa, livre,
Agora o medo não tinha vez,
A agonia era maior,
Teria que lhe ver partir,
Com a esperança de ali voltar,
Quando novamente o Sol brindar,
Um novo Verão,
Vá,
Voe a imensidão,
Deixe-me aqui,
Esperarei por sua volta,
Esperarei por você!