Gaivota

Sob o sol intenso,

Vem se anunciar o Verão,

Azul anil,

Você a me olhar.

As tardes tendem a chover,

Gotas percorrem nossa face,

Lavando nossa alma,

Abençoando nosso amor,

Beijo-te, beijo-te, beijo-te...

Os fins de tardes são melancólicos

Se a vida pudesse controlar,

Optaria pelo eterno entardecer,

Pois a noite é fria,

Assim como o inverno que se anuncia.

Começo a temer,

O verão está por ir,

Olho para você,

O medo sinto esvair,

Nada me amedrontará

Se em suas mãos tocar.

Pobre de mim,

Não sabia de sua graça,

És Gaivota de contemplação,

Bela, graciosa, livre,

Agora o medo não tinha vez,

A agonia era maior,

Teria que lhe ver partir,

Com a esperança de ali voltar,

Quando novamente o Sol brindar,

Um novo Verão,

Vá,

Voe a imensidão,

Deixe-me aqui,

Esperarei por sua volta,

Esperarei por você!

Gabi Silva
Enviado por Gabi Silva em 14/04/2010
Reeditado em 14/04/2010
Código do texto: T2195932
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