MEU MELHOR BEIJO

Estava eu indiferente
estava então só
de minha mente
tão dormente
ouvia o som do pó
quando meu canto de olho
assustou o outro olho
quando tua luz indecente
invadiu a minha escuridão
indolente
eu não temi,
não exitei nem reneguei
estava minha boca seca
quando a tua semi-aberta
pediu aconchego
e eu dei
não neguei
foi quase instinto
o que nos juntou
naquele recinto
e fez parir o sentimento
e foi ungir o momento
com uma leve saliva na minha
e eu aceitei
e eu cultivei
conto agora
pra quem
vive também indiferente
que foi assim
em um lampejo
que nasceu
meu melhor beijo
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 14/04/2010
Reeditado em 14/04/2010
Código do texto: T2195680
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