AMOR DE ANIMAIS
AMOR DE ANIMAIS
Bati de frente com meu passado,
Quem foi que quebrou a minha inocência?
Debaixo da laranjeira ao meu lado,
Beijou-me, abraçou pediu clemência...
Não reconheço mais a imagem querida,
Perdeu-se no passar dos longos anos.
Não tive tempo de nos despedir da vida,
Fugimos atônitos como dois ciganos...
Nem clarins nem sinos puseram-se a tocar,
Adeus pachorrento como nunca se viu jamais,
Nem silencio também se pôs a silenciar...
Se existiu não recordo de ter ouvido os ais,
Hoje tento as boas coisas de novo lembrar,
Não consigo tudo parecido como coisas de animais...
GOIÂNIA, 13 DE ABRIL DE 2010.