O AMOR NÃO SE ESQUECE
 
 




 
Ela bem que tentou apagar os vestígios

Pelos vãos de uma história inacabada

Cacos esfarelados, pedaços de afeto

Despejam a dor no juízo em desatino

Horas opacas e frias de mais uma madrugada

Em um quarto desarrumado soluça a memória

Incapaz de apagar o nome que ecoa livre

Por todos os poros de seu corpo encolhido!

Olhar fixado nas lembranças em pálida vigília

Verte lágrimas da página que recusa ser virada

À procura incessante dos traços do amado rosto

E o que mais confessar-lhe, além disto, posto?

Se tamanha saudade é o vazio que grita para o nada:

- Qual o caminho quando o amor não se esquece?

Talvez, numa fresta qualquer, vislumbrasse sua rima

Ou reapareça, quem dera, numa próxima esquina

Para além do bem e tudo mais que lhe coubesse!
 


 
               (*) TEXTO INSPIRADO NA ILUSTRAÇÃO






(*) IMAGEM: Google

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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 13/04/2010
Reeditado em 13/04/2010
Código do texto: T2194425
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