AUSTERA PENUMBRA

Vou confidenciar

algo só meu, algo

que embora tenha ocorrido

entre dois, tem sido

o algoz dos dias meus.

São as palavras que

ainda se agigantam pelo ar,

além dos vestígios

de um gesto

indicando um adeus.

Ainda ouço o som de

uma porta se fechando.

Percorre por toda a

alma uma avalanche

de pensamentos,

estes, são alguns

dos companheiros

que me atormentam.

Depois então, o início

de um segundo ato,

e os atos seguintes, onde

se desenrolam as cenas do

melodrama de uma

solidão.

Pairam em derredor

e sem solução,

tantas indagações, como

a razão de não conhecer os

caminhos que impuseram

o viver em fragmentos

Cenas do último ato,

que depois de iniciados,

amordaçam qualquer

intenção

de se querer voltar ao

cimo do raciocínio.

Por fim, tenho por certo

que as horas de angústias,

são uma sentença punitiva

decretada pela austera penumbra.

Wil
Enviado por Wil em 18/08/2006
Código do texto: T219405