Poeta e amante
Se me pedires os meus versos,
dar-me-ei poeta à tua poesia
e se me quiseres João eu te serei Maria,
porque sou a carne louca dos teus ossos.
Nada do que eu teço é-me alheio
ou nasce de fora de mim,
como se os poemas fossem o capim molhado dos pântanos.
Os poemas são os meus becos
onde escrevo as cores dos meus desejos
e as fantasias de minhas vontades,
mas se me quiseres poeta, tu bem sabes...
serei teu em forma de poesia,
um homem amado e cheio de alegrias,
livre para fazer versos.