A Ventura Extinta
Na imensidão de uma aurora opressiva e ofuscante,seu púnbleo pálido abrilhantava minha fulgurosa constelação no infindo universo da vida.Suas gotículas orvalhadas de lágrimas cortam a solidão de minh'alma;aconchega meu corpo num abraço que ardorosamente trancende em sensações inimagináveis. Toda noite eu acordo banhado de suor pelo desejo que tenho por você.Sua branda imagem edênica ficou gravada na minha retina,ao lembrar-me de um passado eternamente presente.Tristemente sabia que ao cair das horas,você não estaria ao meu lado para enlaçar as minhas torneadas mãos.Agora sinto que as sombras envolvem a linda paisagem de minha cândida alma num véu negro parecido com a noite mais escura dos meus pensamentos melancólicos. A dor no meu soez peito findaria se existisse uma esperança para nós dois.Mas essa dor da vida que devora minhas entranhas não é comparado as recordações que falam da tristeza de ser só,da penúria tácita de haver perdido tudo que possuía.Saiba que na minha vida só ficou a saudade imensa do seu cálido abraço,do seu ardor ao beijar minha lânguida boca;que também me corroe ao sentir sua falta,nessa ardil torpe do destino.Ah!saudosas lágrimas escorrem pelo meu rosto sulcado de rugas prematuras,são o legado acerbo que evadistes de minhas miríficas lembranças de um tantálico e sublime amor.