Versos Dispersos

O tempo passou tão depressa

e nem pude perceber

que era apenas promessa

o que nunca irei esquecer.

Sonho perdido e distante

esperança tão fugaz

amor que doei confiante

mas que não retorna jamais.

Vigília e amarga solidão

na longa noite vazia

tristeza de um coração

que bate em lenta agonia.

Saudade que dói intermitente

em minh'alma aprisionada

paixão que machuca a gente

no silêncio da madrugada.

Olhar meigo e sedutor

voz terna e melodiosa

primavera sempre em flor

mulher de lábios de rosa.

Prenda minha caprichosa

que amei sem vacilar

que por ser maravilhosa

brilha mais que o luar.

Página de um poema

na longa estrada perdido

paixão que é sempre o tema

de um amor esquecido.

Canção que nunca se esquece

perfume suave e embriagador

mãos sempre unidas em prece

rogando por um grande amor.

Relógio marcando o tempo

até o derradeiro final

de uma vida de tormento

e desilusão sem igual.

Versos dispersos na história

sonhos perdidos na amplidão

flores que cobrem a memória

de um sofrido coração.

Amargura de um olhar

que sempre me acompanhou

por pretender conquistar

alguém que nunca me amou.

Retrato que lembra a saudade

dos tempos que acreditei

que para alcançar a felicidade

era só amar como te amei.

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falcaosr@luzdapoesia.com

FalcaoSR
Enviado por FalcaoSR em 11/04/2010
Reeditado em 07/09/2012
Código do texto: T2190537
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