Gandhi (A Grande Alma)
(Estrada Humana - Otávio Costa)
Sombra mística no resplandecer do amanhã
Ofusca-me os olhos teu semblante negro,
Transparente de cores que torna uma aquarela
A raça humana.
Fagulha de luz,
Poema de sonhos,
Dono de descomunal beleza,
Asceta místico,
Ainda ter vejo trajado de branco,
Tornando heterogênea a mensagem de Jesus
Estrela da Paz,
Regido pela atmosfera da não-violência,
Constituída com luta, verdade e doação.
Escravo voluntário de asas abertas,
Em busca do absoluto.
Criador de homem que educa homens,
Para a resistência pacífica,
Tributo do resgate da alma.
Não me encontrei com você em Delhi,
Nas reuniões de oração,
Encontramo-nos neste caminho novo
Proposto por Cristo . . .
. . . executado por ti.
Quem te descreve,
Descreve a natureza;
O perfume das flores;
O cheiro do mato;
A graça;
O silêncio;
A Paz;
Desnudo da matéria,
Tornou-se Mahatma,
E imortalizou sua mensagem.
Dono de propostas,
Não ditadas . . .
. . . apoiadas.
Um rico sem riquezas,
Introduziu na alma o Sermão da Montanha,
Para alimentar o acertado
Caminho da Verdade.
Arquiteto da Independência da Índia
Arquiteto da Independência do interior do homem,
Místico implacável,
Sensível ao homem,
Foi de Deus instrumento
Para refletir neste próprio homem
O caminho doce da Liberdade.