Declaração

Tento de mil maneiras

(sem sucesso)

Declarar-lhe o que sinto

Digo que te amo

Você me diz

Quero-te bem

Digo que sem você não vivo

Você me diz

Eu também

Medo tenho

De morrer sem

Teus braços a me haver

Sem ter teu corpo

Junto ao meu

Sem possuir teu cheiro

Ou um filho teu

Sem ti

Sou criança sem pai

Sem ti

Sou mar sem cais

Porque tudo que tenho a ti e amor

Porque se estou contigo passa minha dor

A dor de não te ter

A dor de não te ver

Quando partes

Sinto minha alma morrer

Sinto meu eu se perder

Só existo na luz do teu olhar

Sem você sou invisível

Deixo a poesia me armar

O tumulo de uma alma sem dono

Só você faz suar este corpo vil

Só você faz ferver este espírito de anil

Só você faz a voz me soar

Sou o lixo que lhe resta

Sou o resto de sua alma

Porque tudo que tenho contigo e amor

Se estas e que existo

Sou eu, vivo e morro em você

Se estas persisto

Resisto a tristeza ate fatigar

Se estas consigo

Sinto a guerra contra a tristeza minha alma ganhar

Amo a ti e tudo que tens

A ti e somente a ti entrego meu amor

Entrego a dor de um corpo sem alma

Com você me perco, me acho

Me enlouqueço, me acalmo

Sem você desapareço,escureço

Existo na luz do teu olhar

Vivo e morro em voce

E te amo

Ah sim, eu te amo

Que palavra mais expressar o amor

Se e para me declarar, pois que seja

Do jeito que sou

Sou poeta, sou mendigo

Das palavras de adeus

Sou poeta, sou criança

Dos beijos teus

Palavra, gesto algum

Supera o simples e singelo

Te amo

Que digo a ti

Pois se a mais belas

São ditas em silencio

Que seja no silencio

Do eu te amo

Que demonstro aqui

Este poema não foi feito comprido

Extenso de angustia e tristeza

Pois que poeta de amor que sou?

Nunca amei de verdade

Nunca tive sequer um aor verdadeiro

Uma paixão derradeira, que nasce na carne

E morre na alma do poeta sem rumo

O único amor que tive na vida

Foi a amor que não conheci

O amor que morreu de si

Que poeta de amor que sou?

Se nunca amei com toda certeza

Nem este amor que não conheci.

Complicado, eu sei

Mas entenda

Não há abismo mais profundo

Que a mente deste oriundo

Poeta louco que sou

Não há abismo mais profundo

Que o canto de amor

Que estas mão assassinas

Lhes trouxe com extremo ardor

Se não sou poeta de amor

Como por este ficou provado

Prefiro então ser poeta do horror

Que presencio no mundo calado

Presencio a tristeza,

A fome a falta de beleza

E querem que escreva sobre amor

Que amor encontro no mundo

Alem da dor de marginais?

Que amor encontro no mundo

Alem de pare

Não de sequer um passo a mais

Se poeta louco que sou

Afunde-me em meu abismo

Se poeta louco que sou

Sou poeta sem juízo.

Se poeta louco que sou

Sou poeta da tristeza.

Sou poeta da alegria

Que morre sem beleza.

Amanda França
Enviado por Amanda França em 09/04/2010
Código do texto: T2187427
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