A PEQUENA BAILARINA

 
No abrir e fechar de suas asas,
Onde o vento brincava,
Delicadamente em imperceptíveis
E quase invisíveis lufadas,
 
Ela veio me saudar com seus gestos,
Soltando incontáveis reflexos coloridos,
Iluminando recantos escondidos,
Onde meus gritos jaziam oprimidos.
 
Nos trejeitos de seu corpo brilhante
Pude compreender a beleza fascinante
Dos que se entregam fiéis e amantes
A existência em sua plenitude.
 
Ao fim do mimoso bailado,
Sorriu com suas asas de fada
E voou para uma rosa em botão
Tocando delicadamente meu coração.
 
A passagem da pequena borboleta
Para longe de minha paisagem
Fez-me ver a vida como a pirueta
Louca das asas do tempo.
 
Voamos depressa demais contra o vento,
Quando podemos sentir e existir,
De uma forma menos egoísta,
Sem perder o amor de vista.
 


 
Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 09/04/2010
Reeditado em 11/01/2014
Código do texto: T2187232
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.