APELO AO DESTINO
Destino que me trouxe quem na loucura me aprisionou;
Atenta ao meu clamor e o que começou, condene ao fim;
Tira de mim quem minha paz levou, desde que em mim chegou;
E mate esse amor que de aflição mata-me tanto assim!
Arranca dos meus dias quem os tornou tão infernais;
Tornando-me capaz de outra vez reassumir minhas ações;
Tudo que vejo são alucinações, tudo que sinto são ais;
Abranda os vendavais e em calmaria converta as sensações!
Que eu não sinta o seu perfume e seu calor já não me ache;
Antes que se despedace o que me resta de ponderação;
Que eu consiga dizer não, que eu desate o forte enlace;
Pra que retorne o brilho à minha face, tira de mim essa paixão!
Tira sua forma singular de me mostrar o que é o amor;
E o ciúme que me incendiou, que se desnude em meio à desilusão;
Tira sem compaixão, devolva-me a quem de fato sou;
Tira minha vida se preciso for, pois amar com dor é sobreviver em vão!
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