Pétalas enluaradas

o tóque nos lábios

pelas frestas das janelas

entreabertas as fechaduras

escapam luzes no infinito

olhar teu, ó princesa,

suspira a musa

no telhado dos sonhos

de cristais e pérolas

nesse mar de amores

que nossa péle à flor

do mundo cola,

gruda, agarra,

prega e não larga,

nem mesmo a cor

de nossos corpos

suados pelas carícias

dos beijos suaves

sobre os seios

ponteagudos da imaginação

ainda criança:

fada da minha perdição,

eu te quero!

Sérgio, beija-flor-poeta