Amor em orbita
Entre astros planetários
Órbita sem sentido
Pasme o amor calejado
Moldado pela dor
Molhado na solidão
Difundido pelo cansaço
Almejado pelos abraços
Amor sacudido numa pele macia
A noite vazia me segue no alvorecer do dia
Despedaçados, pelo abraço roubado
Vislumbro o sentido, mesmo metido
Amor desnudado pela sede recuada
Pelo sopro da aurora, agora girando
Jamais quero amanhecer o dia num quarto vazio
Em órbita, os pensamentos desabrocham
Irrequieto me torno, irrelevante me levanto
Mesmos com o brilho nos olhos
De um mar revolto sob o sol
Com raios ardentes dos demagogos
Que me empobrecem, pelas suas podres razões
Do amor ligado ao passado quebrado
Girando no dia, pelo amor vencido