para um kra complicado
Luiz Antonio,
dói-me o amor, como ferida que se abriu
ao nascer do sol tímido e inseguro,
perpetuado pelo nossos beijos,
doce quente, perfumados pelo cheiro do amor
dói-me tanto te querer, latejam-me as veias no som incessante
da vontade de te ter e te amar.
dói-me o corpo de te olhar e desejar-te com toda as células,
cada milímetro de pele a pedir o teu toque, a pedir
que me tenhas da tua saliva...
doem-me meus seios da espera pelas tuas mãos suaves e selvagens,
como um eterno valsar de dois amantes pelas estrelas.
dói-me o amor tão forte, tão implacável, que o seguro
todo em mim como um brilho claro para se poder
apagar na escuridão
dói-me o olhar de não cruzar o teu a cada instante
dos dias mais belos, sem teu e o meu toque,
doem-me os dias que não te vejo...
dói, doeu saber que você é dois
e nesse dois talvez o meu espaço e tão
ínfimo, não e somente o tempo que
reluz minha angustia,
não e somente a angustia que diz, mas a espera do momento
não sou feita de tempo para esperar e escolher
ahhh, me perco
não agüento a incerteza...
meu coração bombeia mais forte
mas sente ainda por demais a sua falta
lágrimas ásperas teimam a cair
que quase me ferem a alma
pensamentos também me consomem
mas não fazem melhor de mim
então agora só depende de você.
Leisa baronas