Pedaço de poema.
Escrevo as duras penas.
Um pedaço de poema.
Para aquela que se foi.
Deixando só a lembrança.
Um pingo de esperança.
De um talvez, voltar depois.
Ela que eu tanto desejei.
Entreguei-me, e me doei.
Sem pensar, num dia o fim.
Escrevo, escrevo somente.
Para não ficar doente.
Nem morrer de tanto amor.
Pois a saudade é doida.
Neste peito já sem vida.
Que somente sente a dor.
Dor malvada, dor presente.
Que só quem ama é que sente.
Como o espinho sente a flor.