O LENÇO E O VENTO

Com tinta dourada

E cheiro de flor

Um bilhete de amor

Bordei num lenço.

Por ser meu desejo

Pousei um beijo

E soprei ao vento.

O vento regressou

De onde andou

Mas, veio tão somente!

O bilhete entregou

E você nem ligou

Mas, quem eu sou?

Não lembras, certamente!

Ah, os amores,

de bilhetes e flores,

Já não se fazem mais,

como antigamente...

MARINA ALVES
Enviado por MARINA ALVES em 03/04/2010
Reeditado em 03/04/2010
Código do texto: T2175068
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