como eu mesmo (eu te amo) 


tão grande e tão “volúpio”
tão quieto e tão manso
tão arriscado e tão concentrado inconstante
e eu te quero sempre assim desse modo como você jamais deixará de ser

tão grande e tão quieto
tão soberano e tão humilde
tão fechado e tão recluso
e ao meu ver você é sempre assim como um sonho

tão educado e tão passivo
tão mister e tão histórico
tão abominado e tão assustado
tão perdido e “não tão encontrado”

tão puro e tão sorridente
tão fresco e tão aéreo
tão genial e tão onírico
tão veloz e tão caótico
tão meigo e tão rude

eu amo esse amálgama em você
tão feliz e tão só
tão lento e tão preciso
tão dividido e tão audaz
tão longe e tão faminto
tão lúdico e tão pejorativo
acabou a tinta
acabou a carga
acabou o meu punho
acabou a letra
terminou a prosa?
-você quer uma rosa?-
eu te dou
falta apenas você virar pra mim e me olhar ao menos...

Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 16/08/2006
Reeditado em 16/08/2006
Código do texto: T217504