Poder da mente

Na roça nasci e na roça me criei,

Sob o brilho da lua caminhei

Porém, escuridão também enfrentei.

O vento em meus ouvidos uivava

E as folhas quietas de repente volitavam

E meu coração de medo assustava e tremia

E eu de tristeza por dentro chorava.

Lavouras e matas fechadas eu atravessei

A solidão me consumia, o desespero me invadia

E eu esperava da vida, outros sinais.

O silêncio chamava por nomes desconhecidos,

Eu o sinal da cruz fazia, três ou mais Ave-Marias

Rezava, assombrações não existiam, era eu,

Menino amedrontado, que sem saber as criava.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 02/04/2010
Reeditado em 03/04/2010
Código do texto: T2173934
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