Obscuros amores...
Foi assim, quase que num instante,
que as lágrimas brotadas do tempo
caíram de repente no esquecimento.
E no teu belo rosto elas agora apenas
eram vértices de luzes que deslizavam
em direção ao teu próprio sofrimento.
Respingos de teu destino tão incerto.
Gotas que céleres vinham anunciar
Um rosto quase todo feito de rocios.
Restou então nos olhos que nada viam,
aquela marca digitalizada das forças
que agindo na obscuridade se perdiam
no desperdício de sóis já transitórios
que iluminar nem podiam todos os céus
que alimentavam a voracidade do querer.
Então estática e irrefletidamente a paz
que poderia ser derradeira como infinito,
agora se movia como areia movediça,
querendo envolver em trilogias dedutivas
o que no antes eram apenas irreverências
que agora combinavam com um nó górdio
existencial atado em mim na extensão de
uma vaidade que não mais media limites.
Ah... beijos celestes de saborosas fúrias,
ventos e rodamoinhos de todas certezas.
E só porque era primeiro de abril...
ela mostrou-me entre risos que as palavras
podem ser surpresas bem enganosas
e que logo a verdade se transmutaria
num apanágio de ires e vires candentes
entre estrelas de desejos todas hirtas,
monumentos postados nas lembranças
que solitárias eram esboços de sorrisos
que eu mesmo ria...porque no final eu te
desejava e bem dentro de mim queria.
Ah...meu primeiro de abril...esquecido.
Neste céu todo anil...E você em mim...
como em um sonho de ter...e de ser.
Ah... mágico instante de você tudo ter.
Ter...ter...ter...e depois me derreter !!!
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Autor: Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 02-04-10 às 14 h em SP
Lua cheia – sol – 27 graus
Beijos e abraços para você...Bom sábado
ceagull2@hotmail.com
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