Mas...

Te quis

E as vezes sou capaz de acreditar que você também

mas, você e seu muro são um conjunto de submundos, transformando todo espelho em algo imundo

Deixe-me no fundo

Quero ver teus olhos borbulhar

Te escrevo de forma secreta

Num grito timido, mudo

Com o objetivo tosco de adentrar em seus ouvidos cujos os blocos desfilam nas avenidas sem areia nem cimento, onde o ciumento rasga o fogo do sentimento mais bobo de Deus...

Mas, não me tire como poeta que se vai com os outros, de palavras ensaiadas, me atire no mesmo calabouço de sempre, onde meu sonho ardente de liberdade é tua quarta-feira de cinzas e minhas esquinas é sua água-ardente sem volta.

Te quero!

Mesmo que num riso-lembrança, mesmo que num cheiro guardado, mesmo esquecendo que nunca me amou...

Odun Ará

odun ará
Enviado por odun ará em 02/04/2010
Código do texto: T2172942