Mas...
Te quis
E as vezes sou capaz de acreditar que você também
mas, você e seu muro são um conjunto de submundos, transformando todo espelho em algo imundo
Deixe-me no fundo
Quero ver teus olhos borbulhar
Te escrevo de forma secreta
Num grito timido, mudo
Com o objetivo tosco de adentrar em seus ouvidos cujos os blocos desfilam nas avenidas sem areia nem cimento, onde o ciumento rasga o fogo do sentimento mais bobo de Deus...
Mas, não me tire como poeta que se vai com os outros, de palavras ensaiadas, me atire no mesmo calabouço de sempre, onde meu sonho ardente de liberdade é tua quarta-feira de cinzas e minhas esquinas é sua água-ardente sem volta.
Te quero!
Mesmo que num riso-lembrança, mesmo que num cheiro guardado, mesmo esquecendo que nunca me amou...
Odun Ará