Poema 0779 - Dizer do meu amor

Não preciso de coragem para dizer do amor,

nem quando os sentimentos rompem com o tempo,

fecho os olhos e continuo a enxergar a amada,

como se fizesse parte do meu corpo por dentro.

Vou sorrir, não apenas rir, sentir alegria na alma,

capaz de me fazer flutuar em nuvens inexistentes,

voar sem asas, tingir o céu como se fosse um arco-íris,

entregar-se inteiro a mulher no meio da madrugada.

Não deixe que meus olhos se fechem para as verdades,

quero falar dos desejos, meus e seus,

trocar palavras no meio da rua enquanto tomamos sorvete,

prometer o impossível, pode rir e até duvidar que existo.

Quero separar os dias e as noites que não tinha você,

os medos, das verdades que hoje aprendi,

deixar que lágrimas corram rosto abaixo sem incomodar,

se amanhã vou ou não ser feliz, importa hoje, você aqui.

Mais à tarde, quase noite, direi que te amo e repetirei,

muitos milhares de vezes, até que me chame de tolo,

não importa, depois, voltarei a falar de nós dois, e,

de novo, jurarei pelo céu, pelo amanhã, até depois do café.

15/08/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 15/08/2006
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