VELHO COMPANHEIRO
VELHO COMPANHEIRO
Deitada quentinha em nosso canto:
A minha heroína...
Agitado estou a correr pelos cantos:
O seu covarde...
Postura cândida de quem é santo:
A minha menina...
Agito tudo, balbucio, por enquanto:
Só faço alarde...
Sou parecido com aquele cachorro:
Que ao ver passar...
Sai latindo pela ladeira do morro:
Atrás do carro...
Quanto mais corre, ele corre mais:
Doido para alcançar...
Mas se o carro parar, ele para :
Ficando sem saber...
O que fazer;
Com o rabo a balançar...
Assim sou eu querida minha:
Este velho que caminha...
A seu lado, ao seu canto, em sua vida:
Por mais que me ignore,
Não lhe deixo de chamar de querida:
Por mais que me esnobe,
Eu seu que é um orgulho passageiro.
Um dia qualquer,
Em um lugar qualquer,
Em qualquer hora.
O seu orgulho de mulher,
Vai precisar
De chamar
O velho companheiro...
Goiânia, 31 de MARÇO DE 2010.