Amor virginal...

Agora eu já sabia que seu belo olhar
se pregara exatamente no meu
e mesmo vendo-a ali toda sozinha,

envolta no mistério de sua  sombra
eu sentia no seu rosto a felicidade
de dividir os seus encantos comigo,

e essa sensação que vinha de nós,
provocava um êxtase quase virginal,
inundando-nos de desejo e prazer.

Ela hoje apenas queria de mim palavras,
que ia recolhendo todas em seu regaço,
para sentir de mim essa vontade de amar.

Esse amor quieto, mas cheio de vontades,
e pronto para ser dividido em quereres
de um calor que nos invadia em chamas.

E nossa voz que mal se ouvia ecoando,
agora era o teu silêncio e o meu falar,
pois  nunca você gostou de incomodar.

Tuas origens saltaram ante meus olhos,
e nas maçãs de teu rosto vi a tua vida,
como se ela fosse feita de antiguidade.

E todo teu passado resvalou meu sentir,
fazendo-me perceber essa tua candura
e esses teus gestos calmos e tranqüilos.

Nossa história era agora nossa paixão,
como um caminhar numa Ixtlan de Castañeda,
depois  sair do corpo voando à Paramahansa,
e ,sem querer, logo sair voando a Paul Brunton.

Agora teus olhos me olhavam detrás das lentes,
e nós nessa linda noite de brilhante lua cheia
dizíamos adeus a essa   bela viagem astral.

Enquanto as horas fugidias na noite partiam,
ficavam  em nossos lábios, ainda desejosos,
a certeza de que  nossos beijos bem quentes

logo voltariam a nos encher de satisfações,
e completar no céu aquela mesma marca
que no zodíaco se alinharia ao nosso amor.

Nosso amor eterno.



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Autor: Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 31-03-10 às 17 h em SP
Lua cheia – sol – 29 graus
Beijos e abraços para você...Boa quinta...
cseagull2@hotmail.com
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