Espelho mágico

No espelho projetava-se a sombra

De minha alma, atônito eu concebia

Minha existência, perguntava-me

Quem eu era e ninguém me respondia.

A própria imagem me estremecia

E mais uma vez eu perguntava-me

Porque eu vivia, a vida me era estranha

Perguntava e outra vez ninguém me respondia.

E diante do espelho, desnorteado

E quase enlouquecido, eu me encontrava

E parecia em anômalo me transformar

Perguntei mais uma vez tentando

Uma saída e de novo ninguém soube me explicar.

Afastei-me do cristal, o sol havia mudado,

Milhões de coisas vinham à minha cabeça,

Eu não entendia nada, pois era o sentido

Da vida diante do espelho que havia se postergado.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/03/2010
Reeditado em 29/03/2010
Código do texto: T2166716
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.