Espelho mágico
No espelho projetava-se a sombra
De minha alma, atônito eu concebia
Minha existência, perguntava-me
Quem eu era e ninguém me respondia.
A própria imagem me estremecia
E mais uma vez eu perguntava-me
Porque eu vivia, a vida me era estranha
Perguntava e outra vez ninguém me respondia.
E diante do espelho, desnorteado
E quase enlouquecido, eu me encontrava
E parecia em anômalo me transformar
Perguntei mais uma vez tentando
Uma saída e de novo ninguém soube me explicar.
Afastei-me do cristal, o sol havia mudado,
Milhões de coisas vinham à minha cabeça,
Eu não entendia nada, pois era o sentido
Da vida diante do espelho que havia se postergado.