CORRER...CORRER...
Contra a ternura também eu corro,
a palmilhar caminho inverso,
no peito cravado a dor ,
dor cruenta de saudade.
Correr contra a ternura
(sabe-se)
mais aproxima
o flamante amor,
que não se distancia...
Nosso penar, íntimo, secreto,
chama de luz...inefável,
um respirar... fortidão
de tantos desejos,
é só um instante de loucura.
Viver alegrias,
momentos fugidios
como o galopar de um corcel
à solta,
no vigor de encontros,
de beijos ,
de suspiros,
ao sabor do amor,
de toque suave
nas plenas carícias...
Depois correr,
correr contra a ternura,
como se, no amor, a coragem
não incitasse a tantos desafios...