Estrada dos girassóis

Um girassol vergado, um amor morto,

um anjo de Drummond, um anjo torto,

alguém que fere a alma em fogo aceso,

eu que escrevo sem nexo o que me dá gosto.

Ouço distante um canto triste,

quando o sol já não queima e a lua já não chora

o que inda que no coração para amar demora

e um lindo romance de amor já se vislumbre.

Se acaso eu trocar a loucura que tenho, acharei a tua,

bem mais do que tudo junto e nós de fora,

por que amar-te é tarefa inglória,

o que apenas a um louco pode ser requerido.

Inda vejo tantas estrelas no céu, por isso a estrada é bela

e eu insista beijar-te porque a tua face é linda

e eu hei de enganar a tua alma ainda,

mesmo que apenas uma de nossas almas chore.