Entender
Agora eu me entendo...
Eu roendo as tuas unhas
num canto gemendo.
Nossa! Ainda me lembro...
Minhas tentativas vazias,
examinando as ruínas de um rosto cinzento.
Admirava as fases
do teu processo de sedução.
Te mostrava as tragédias, comédias...
Prelúdio daquela história.
Agora eu me entendo...
Não tinha ênfase
quando satisfeita a minha nescessidade.
Eu e minha máquina de escrever.
Te pedia um beijo...
Você era pétala,
um desejo de beija-flor.
Meu corpo era o filho
e a tua descendência
me precedia.
Me vendo como eu era,
naquela época eu entenderia...
Te entendo agora!