LABIRINTO

LABIRINTO

Corro incessantemente

Atrás do meu passado,

Quero ver se novamente

Consigo amar e ser amado.

Mas quando volvo então,

Percebo que já é muito tarde.

Não devo mais iludir o coração,

Aquietar-me e não fazer alarde.

O amor de hoje sobrevive

Pôr grande teimosia minha.

O amor antigo eu nunca tive,

Não fui dela, não foi minha.

Mas quando o de hoje aperta,

A gente pensa no que se foi.

É um vácuo na hora incerta,

São muitos ais dentro de um oi.

Amar é bom só tem poder,

Tanto no novo como no velho,

Nos faz chorar nos faz sofrer,

Imagem "reflex" no mesmo espelho.

Labirinto frio e sem dó

Nos leva a decadência.

É a fileira do dominó

Caindo sem clemência.

Goiânia, 29 de março de 2010.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 29/03/2010
Reeditado em 06/06/2010
Código do texto: T2165161
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