Cometendo Loucuras…
Num mundo
Demasiado preso a regras
A frases feitas
A lugares comuns
A coisas pardacentas
A convenções
Remetido a uma atmosfera rarefeita
Mas que toda a gente
Dá graças aos céus
Pelos interstícios dela
Poder respirar
Um mundo sem nada
No qual é pecado mortal arriscar
E eu estou farto
Mas tão farto
Destas ideias feitas
Destes lugares comuns
De gente que não me interessa
Porque poucas são as pessoas
Que me despertam
Da minha hibernação
Onde dou azo ao que sou
E levo aos limites
Dos limites
A minha imaginação
Arriscando
Sempre!
Indo para além dos limites sensoriais
E corpóreos
Num estranho jogo
Onde aposto tudo
As minhas convicções
Os meus inabaláveis ideais
Cometendo loucuras
E saindo vivo do ciclone que originei
Cometendo loucuras
Caindo no vácuo do desconhecido
Num limiar de uma vida
Sendo que é ai
Que te encontro
E que sei que estás comigo
Cometendo loucuras
Sabendo bem demais
Que esse é um caminho
Que quando o cruzamos
É difícil de regressar
De voltar
Cometendo a loucura
Da suprema sanidade
De viver na extremidade
Dos sentires
Mais ousados
Porque sei que ai o amor
É bem real
E não uma mera fachada
Sei que os rostos e os corpos que aparecem
São reais
E não máscaras
Sendo essas pessoas
E aquilo que representam
O que me interessa
O que me irá interessar
E o resto?
São meros adereços
Que a minha vida portentosa
Irão enfeitar…