DÚVIDA
Um facho de luz dourou teus olhos
Quando abri aquela porta,
Pensei: Que grande sol és tu!
Perguntei encabulada, quem eras.
E me falou pausadamente do tempo,
Aquele que nos é roubado a noite.
Sono do vento, que nos compõe.
Olhei teu brilho, como nunca havia.
Embalei a tudo que me dizia.
Serás um anjo, uma aparição,
Alguém parecido com um Deus?
Que importa se não sei,
Se sei que foi assim que te amei
Em gotas d’ouro enamoradas?
Vai ver descubro em ti um homem
Apenas mansamente sedutor,
Que apareceu assim feito um sol,
Trapaceando o meu amor.