NOSSOS AIS ( Alexandrino )
NOSSOS AIS
Alexandrino
No querer esbarra a minha última vontade.
Não consigo ultrapassar a barreira, quero
Muito mais vezes bater na saudade;
Muito menos vezes no coração, espero.
Mesmo só um pouquinho de infelicidade,
Toca de novo no cansado lero-lero...
Consigo esquecer aquela última maldade,
Depois de um abraço forte e beijo sincero.
Foi bom, não vou reviver os momentos meus,
Atarracado enquanto lhe durou os seus,
Sina rebelde, parecendo não voltar mais.
Assim pôr nós nem o fenômeno uno, Deus,
Conseguiria nos arremeter aos céus,
Ficando ao léu derramando os nossos ais...
Goiânia, 28 de março de 2010.