Nas Trevas, Meu Amor, Nas Trevas…
Caiu a noite
Que penso ser eterna
E nada nela brilha
Nem sequer as Estrelas
Apenas a Tua Aura
E por isso sei que estás perto de mim
Para afastar os fantasmas
Que se querem demónios
E é através da tua luz
Que encontro a salvação
Do Inferno
Nestes tempos finais
Onde está em jogo
Ou não
A nossa hipotética
Salvação…
Tempestades de fogo
Varrem o mundo
Que já foi nosso
Já foi humano
E eu ardo também
Mas por dentro
Pois descobri neste dia
De fim de dias
O quanto te amo…
E toda a gente
Antes do Grande Silêncio
Quis atribuir a culpa a alguém
Ignorando que o responsável
Por tudo isto
Fomos todos nós
E por isso estamos no olho do ciclone de chamas
Bem no seu centro
E não apenas na sua margem…
E eu chamo por Ti
Na obscuridade
Pois descobri
Que tenho medo
De que a promessa de Eternidade
Que te fiz
Não se vá cumprir
E desta forma
Por ter rompido
Um laço contratual espiritual
No além-vida
Não te terei
Não sabendo por isso
Para onde ir…
Não sabendo
A fronteira
Que separa
O sonho
O pesadelo
Do que é real
Não sabendo se estas linhas
São imaginadas
Se irão mesmo acontecer
Não sabendo
Se estas linhas
São o meu contra-ponto
De luz
Onde vivo
E pretendo viver
Não sabendo
Se o Amor
É tudo aquilo
Que tenho
Ou terei para te oferecer…
Nas Trevas, Meu Amor, Nas Trevas…