Falar do último amor é sempre um gemido
Ficou estigmatizado e jamais esquecido
Tudo o que desse amor ficou destruído
Na lonjura de um horizonte perdido

Mexer em cinzas que não estão apagadas
Que foi braseiro ardente que ainda crepita
Clamando sufocadas essa morte arrojada
Ruínas e afeições que foram queridas

Um último amor é folha marcada
Nas páginas da vida sempre prevenidas
Fecha-se uma história mas fica inacabada
E abrem-se novos espaços para serem inscritas

Últimos amores são flores que vão debilitando
Falta-lhes a subsistência para se ampararem
Primaveras vitoriosas foram-se desfolhando
nas tardes sombrias inundadas de saudade
De tta
19~01~10

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Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 26/03/2010
Código do texto: T2159764
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