Devaneios
Caio-me em sentimentos
Logo que o espelho recebe a lua,
Tangenciando em raios a margem,
D’onde aporto à nau das alvas velas
Erguidas sempre a bom bordo
Da prece que me ensinaste a versejar!
Altiva seja sempre à noite
Exuberando teu desenho
Lapidado em pérolas, em rubis
Que Demonstram em cada linha
Um corpo celeste, um vinho
Para ser saboreado com prazer!
Apanho-me em emoções
Ao realizar da luz mesclando teu rodar,
Girando em sedas longas
Encontrando no abraço o cheiro de vida
Alçada sempre ao norte dos ventos
Que tecem a oração que me seduziu!
Bucólica seja sempre a madrugada
Esculpindo tua alma nua
Regendo em metáforas, em avessos
Que reagem a cada gesto lamentado
Nas imagens lançadas pelo olhar, pelo beijar
A ser sentido pela ferida que pulsa viva ao gostar!
Auber Fioravante Júnior
24/03/2010
Porto Alegre - RS