SONHOS CONSENTIDOS


Na ponta de cada sonho
ponteia a ilusão dos sentidos,
o sabor do amor permitido,
no gosto adocicado da felicidade
que desconhece a estrada da saudade.

Roça tua pele na minha,
desnuda-me com seu olhar faminto,
sacia o desejo que arde nas estranhas.
Todo meu ser se assanha
com suas mãos a percorrer o caminho,
que induz a chegada do prazer.

E vai espargindo no ar,
a ventura deste querer.
Os sonhos são consentidos
num momento imbuído de fluídos,
sons, tons e gemidos...

Nosso amor imerso, imenso,
foi amadurecido pelo tempo
num recanto mágico, florido.
É replantio do no ciclo vento,
sementes brotam, crescem e florescem
a cada novo dia que amanhece...

E entre os orvalhos da noite
desperta afoito e sem fronteiras...

Na intimidade do seu corpo
aprendi o que é amar.

Perdida nos laços dos seus beijos
permito que a alma em liberdade,
transponha pontes e barreiras
e assim, num vôo alado,
na luz dos seus olhos vejo estrelas
e encontro a eternidade!



2006


Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 13/08/2006
Reeditado em 07/12/2009
Código do texto: T215674