NADA DIREI...

Adoeci, enferma de amor,
nada mais direi a ti...
Calam-se minhas palavras,
até as que ainda nem escrevi...
Estas são ainda ecos doutras,
presas/livres
que me retornam lentas...
Nem sabem que reabrem minhas feridas...
Mas sei como elas impacientam minhas dores...
Dores de amor que me fazem enferma...
À espera que apareças,
as mãos me estenda,
e numa voz calma e mansa:
-Vem, levanta desta cama!
Eu nada direi! Entre assustada e tensa!
-Vem, levanta desta cama!
De tão adoentada de amor, estremeçendo...
Eu nada direi...
Incerta, ante o teu chamado,eu irei,eu irei...
-Como uma criança!
Seria um chamado para ter à rua?
Seria para ter às estrelas, o chamado?

Edvaldo Rosa
23/03/2010
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