E Eu Danço com Estranhas…

Em noites grávidas de palavras

De sentimentos que quero imortais

Embora as companhias sejam fátuas

Ao contrário do que acredito

Dos meus inabaláveis Ideais…

Danço com as tais palavras que me são estranhas

Disléxicas

Sem aparente sentido

Danço com demasiada gente

Enquanto penso dançar contigo…

E sonho, como posso deixar de sonhar?

Em mundos mais simples

Mas que alguém

Ou uma multidão demasiado grande

Decidiu complicar…

E grito, e choro, não posso deixar de o fazer

Enquanto assimilo e acumulo

Imensas coisas

Que nunca deveriam fazer parte do meu ser…

Percorrendo os palcos da vida

E de Ti

Sem realmente ambas entender

Mas amo demasiado ambas

Surgindo na altura da real percepção

O meu sorriso

De que tanto gosto

E que nada nem ninguém

Me podem tal tirar

Por muito grande que seja a penalização

Por muito grave que seja o desgosto…

Sim, eu danço com estranhas, penso que nunca o deixarei de fazer…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 23/03/2010
Reeditado em 23/03/2010
Código do texto: T2154324
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