E Eu Danço com Estranhas…
Em noites grávidas de palavras
De sentimentos que quero imortais
Embora as companhias sejam fátuas
Ao contrário do que acredito
Dos meus inabaláveis Ideais…
Danço com as tais palavras que me são estranhas
Disléxicas
Sem aparente sentido
Danço com demasiada gente
Enquanto penso dançar contigo…
E sonho, como posso deixar de sonhar?
Em mundos mais simples
Mas que alguém
Ou uma multidão demasiado grande
Decidiu complicar…
E grito, e choro, não posso deixar de o fazer
Enquanto assimilo e acumulo
Imensas coisas
Que nunca deveriam fazer parte do meu ser…
Percorrendo os palcos da vida
E de Ti
Sem realmente ambas entender
Mas amo demasiado ambas
Surgindo na altura da real percepção
O meu sorriso
De que tanto gosto
E que nada nem ninguém
Me podem tal tirar
Por muito grande que seja a penalização
Por muito grave que seja o desgosto…
Sim, eu danço com estranhas, penso que nunca o deixarei de fazer…