ALMA IMORTAL
Por entre lírios e lilases,
Tece amargurada prece...
No céu tristonho, a lua reza,
Entre penumbras, em delinquência,
Faz a sagrada penitência.
Fechando-se num silêncio superior,
Essa emoção que circunda,
Onde, vencida, minha alma se recolhe
No meu jardim...
Sonhando, o tempo que lá se vai,
As estrelas em seus halos,
Brilham com brilhos tristes.
Minha alma imortal,
Cumpre a jura em noite pura,
Então, me liberta dos anseios
E no suplício lento...voa então...
Adriana Leal
Texto revisado por Marcia Mattoso