FONTE DO SENTIR

Lavei-me nas águas de infinitas nascentes...
Mas a minha boca fechou-se,
Buscando uma única fonte.
Sempre serei inteira e permanente,
Apenas quero libertar
O que tenho no coração e na mente.
Mesmo que sinta um sorriso insinuando
E um olhar que amo a tocar-me a alma...
Ainda tenho motivos para trilhar
Novos caminhos e viver.
Em mim, as coisas breves tomam corpo,
O sol cai sobre meu rosto, onde o silêncio pesa,
De amor me faço...
Não sou só a angústia de uma poetisa
Para dizer em palavras que já fui esquecida,
Só faço de meus olhos a distância colhida,
A saudade infinita de um amor que vivi.

Adriana Leal



Texto revisado por Marcia Mattoso