Eu e Tu… (versão 2010)
Estou tão feliz…
Encontrei-te na minha cabeça
E perguntei-te
O que lá estavas a fazer
E tu coraste
Não me soubeste responder…
Começámos então
Um dialogo de mudos
Com respostas ambíguas
E perguntas sem sentido
Num primado doce do absurdo
Eu amo-te
Sem saber se para ti
Sou realmente
“O quê…”
Mas amo-te
De enxurrada
Mas um sentimento de cada vez…
Sentimentos que coloco
Na minha cama
Nas grandes noites de criação
Onde desligo
Todos os meios de comunicação
Onde estou
E quero estar sozinho
Perante os sentimentos
Por ti gerados
E que preenchem em mim
Um tenebroso vazio…
E eu amo-te
Em diferentes pontos do Universo
Sendo que quando falo contigo
Falo a linguagem calada das estrelas
Falo a língua assumida dos poetas
Mas não a minha
Falo em verso…
Em códigos indecifráveis
Nos quais explano o meu amor por Ti
A minha portentosa sede pela vida
Coisas que ninguém entende
Que só tu podes entender
E eu que sou um guerreiro de tantas
E tantas lutas
Não admito nunca depor as armas
Só admito
A Ti
Me render…