UM OUTONO EM POESIA

Um amanhecer como tantos

Uma vida sempre igual

Mais um outono que chega

Com sabor angelical.

Folhas amarelecidas

Com suas vidas vencidas

Formam um tapete macio

Caminho nunca igual.

A estação que desnuda

Nostalgia deixa no ar

Flores mortas em tapetes

Esperam a mão do funeral.

Névoa do raiar do dia

Umidade natural

Amanhecer... Nostalgia

Rompe vidas no umbral.

No entanto a poesia

Não para de acontecer

Pássaros cantam em revoada

Organizam suas moradas

Pros filhotes que vão nascer.

Gotas de orvalho que pingam

Como lágrimas alucinantes

Fluído abençoado

No doce alvorecer.

As flores umedecidas, desmaiadas

O sol que ensaia-se, tenta romper

A tênue claridade

Aparece sem pretender.

Em minutos um ritual

Chegando tão natural

Apresenta-se simplesmente

De forma casual.

Um latido ao longe

O farfalhar do vento

Outra folha que cai

Desenhando um movimento.

Um arrepio me corre o corpo...

Não de frio, mas de emoção

Presenciei como um reles mortal,

A chegada matinal.

BOM DIA!

Mafag
Enviado por Mafag em 22/03/2010
Reeditado em 04/08/2010
Código do texto: T2152399
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