O GOSTO ESTÁ NO OLHAR



Enquanto o olhar transmitir o gosto
É lúcida a demência
Do desejo ao prazer…
E a alma, borboleta,
Bate asas sutilmente
E rumoreja no ventre
Indolente a tantas surpresas
Abandonada ao que sente...

E o encanto continua
Enquanto o deslizar é cego…
No peito aberto,
Corre a lâmina da navalha
Coração em fogo
Que bate no acerto e na falha…

E apanha
Entre luz e sombra
O que se põe a ofertar
Em riachos de lua cheia
Indo e voltando
Em rodopios fortes e brandos
Como as vagas no mar…
E se o deleite chega ao rosto
Não será, do vinho, o mosto...
Será o néctar da flor
Que alimenta
E refina o paladar…

Ibernise.
Caldas Novas (Goiás/Brasil) 21.03.2010.
Núcleo Temático Romântico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
Ibernise
Enviado por Ibernise em 21/03/2010
Reeditado em 21/03/2010
Código do texto: T2151652
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