MÁGOAS DE AMOR


Ah, as velhas mágoas de amor,
são como espinhos cravados e não retirados...
Todos temos nossas histórias,
nossos mistérios, nossos nós não desatados,
mas peso nas costas de carga vencida
pra que serve, a quem ilude,
a quem alimenta o fruto,
já colhido há tanto tempo,
provado em loucura e deixado ao relento?
Erramos, ferimos, e o gosto ficou amargo?
Não há como consertar, não há como
planejar o encontro inesperado,
pois os caminhos já pisados ao amanhecer de um encontro feliz,
agora serão trilhas vividas,
com marcas de outros pés...
os pés que já fomos, não voltamos a ser
e os amores perdidos no tempo,
não voltam!
Restam apenas os corpos e desejos
ilusórios  de reviver tais momentos!
Velhos amores são como velhas casas,
tem portas que rangem,
telhados vulneráveis,
caixas cheias de papel amarelado
e trazem em si os velhos fantasmas
com suas correntes e antigos fados...


(comentário ao poema Impasse,  de Carlos Rodolfo Stopa,
                                                              outubro de 2008)
  
tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 21/03/2010
Reeditado em 21/03/2010
Código do texto: T2150288
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.