É CHEGADA A HORA

Escrevo na página da minha pele,
Sentimentos nascidos da insônia...
Pupilas ancestrais me fitam
E vultos desconhecidos deixam a revelação da vida.
A morte!
Numa folha que cai, num olhar que se vai,
Numa mão que não consigo alcançar...
Empurro os ponteiros do tempo,
Busco os olhos da vida que me pertenceu.
As mãos que me tocaram...
Hoje, cerro os olhos e vou de encontro
Ao ponteiro de partida para encontrar o ponto final
E essa passagem da vida, escrita e gravada na alma,
Estará terminada...

Adriana Leal



Texto revisado por Marcia Mattoso